quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sobre o EGO e a VAIDADE do Ser Humano

Apesar de muito próximos, muitas vezes, interligados e, às vezes, até mesmo confundidos, o ego e a vaidade são coisas completamente diferentes que podem ser definidos como qualidades ou defeitos nas pessoas, conforme seu grau de utilização.

Segundo definição do meu amigo dicionário, também conhecido como pai dos burros:

- EGO = Experiência que o indivíduo possui de si mesmo, ou concepção que faz de seu personalidade; em psicanálise, apenas a parte da pessoa em contato com a realidade, e cujas funções são a comprovação e a aceitação dessa realidade.

- VAIDADE = 1. Qualidade do que é vão, instável ou de pouca duração 2. Desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros 3. Vanglória, ostentação 4. Presunção mal fundada de si, do próprio mérito; fatuidade, ostentação 5. Coisa vã, fútil, sem sentido 6. Futilidade

Tomando-se por base o significado real de cada uma dessas palavras, cuidado quando disserem que você é uma pessoa vaidosa (risos).

Acredito que por menor que seja, todo ser humano é dotado de um mínimo de vaidade. Intimamente todos nós queremos ser aceitos e acabamos nos tornando, talvez, um pouco fúteis para que isso aconteça.

A ausência total de vaidade se transforma em agressividade, que não deixa de ser uma forma de chamar atenção e, no fundo, querer ser aceito.

A vaidade faz bem para o ego.

Por mais ilusório que seja, o ego é a visão que cada um de nós faz de si mesmo, o ego é a realidade de cada um. E se até mesmo o exato é relativo, o que dizer do que é ou não real para cada um de nós?

E mesmo correndo o risco de estar enganado, arrisco dizer que a vaidade fala muito mais alto que o ego por ser assumidamente ilusória.

A vaidade é capaz de levar, como comprovei por algumas vezes, um mendigo a vasculhar uma lata de lixo em busca de adereços para sua cabeça e pescoço ao invés de algo para comer. E quando penso nessa cena hoje em dia percebo que naquele momento, aquele ser humano, buscava alimento sim. Não alimento para o corpo e sem para o ego, para aquilo que ele acreditava de si mesmo.

E quantas vezes nós não fazemos a mesma coisa? Quantas vezes não deixamos nossa vaidade falar mais alto pela necessidade de alimentar o nosso ego? Quantas vezes não deixamos que a futilidade do mundo e da mídia mudem o nosso ego, o que pensamos de nós mesmos? E quantas milhares de vezes ainda vamos deixar que a vaidade dos outros derrubem o nosso ego?

Por mais fútil que sua definição faça dela, um pouco de vaidade não faz mal a ninguém. Pelo contrário, faz até bem. Mas, desde que com moderação.

Porque quem é que não gosta de ouvir "Nossa! Como você está bem!"?

O problema é quando deixamos de alimentar o nosso ego acreditando que alimentaremos o de outro alguém. Quando passamos a ser vaidosos para agradar outra pessoa que não nós mesmos.

Você se olha no espelho e se sente um lixo com o cabelo de lado. Mas, sabe que o outro vai gostar, então deixa o penteado do jeito que está.

Lembre-se que o ego é a visão que cada um tem de si mesmo. Então se você não alimentar o seu próprio ego, ninguém mais poderá o fazer. E depois não adianta reclamar.

E aí entramos na questão da auto estima que é um assunto para outro post, porque agora tenho que tomar banho, ficar meia hora penteando o cabelo e mais três horas escolhendo uma roupa.

Fazer o que? Eu sou vaidoso mesmo!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Grito da Natureza

Ouvi dizer por aí que ninguém consegue abandonar sua própria natureza, que não se consegue fingir que não a está vendo. Ela sempre te chama de volta e se você se faz de surdo, ela grita. Se se fizer de louco, ela faz escândalo.

Então acho que está na hora de dar ouvidos ao chamado da natureza e assumir que eu sou realmente filho da esbórnia!!!

Por mais que eu goste de programas culturais, coisinhas lights, sessão cinema com pipoca; por mais que use a desculpa que não tenho mais idade para lugares cheios, não tem jeito, eu só me encontro realmente no meio do fervo, do agito, da putaria.

Bebida, cigarro, suor e pegação...

Quem lê essas palavras vai pensar, como muitos por aí, que eu não valho nada, que não presto, que sou um sacana e coisas do gênero. Mas, não é essa a questão.

No fundo, no fundo, fui, sou e serei eternamente um molecão em busca de alegria e agitação. Não nasci para ter uma vida calma. Nasci para fazer da minha e da vida das pessoas à minha volta uma verdadeira FESTA!!!

Sou festeiro! Sou butequeiro! Sou boca suja e bagunceiro!

A minha organização só se encontra onde não existe ordem. Não sei seguir as regras do jogo sem questionar ou procurar uma brecha para escapar. No meu mundo a lei é ser feliz e ser do bem (bom, ser do bem pelo menos na maior parte do tempo).

Bater de frente, de lado, dar as costas e sair andando sem olhar para trás; deixar falando, falar demais, gritar, espernear, arrancar a roupa e pisar em cima... Te faz bem??? Me chama para fazer junto. Se bagunça é a questão, vamos transformar a vida numa festa!!!

A minha natureza é essa: simplesmente ser e deixar acontecer. Sem culpa, sem vergonha, às vezes, sem noção. A minha natureza é destemida (por mais bundão que eu possa ser).

Jogar, se arriscar, pular no abismo de cabeça sem saber direito onde chegar.

Aventureiro!!! Esse é o meu espírito.

Contraditório!!! Esse sou eu.

Tenho uma natureza que me chama e um coração que muitas vezes me impulsiona a tapar os ouvidos. Tenho um corpo quente que adora o fogo e uma alma incompleta que, fria, ainda busca sua outra metade.

Contraditório!!!

Sou HUMANO... e por mais que eu tente ser diferente não tem escapatória, a minha natureza é ser do mundo. Eu sou selvagem e não posso ser domesticado.


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Faça o que eu digo... Não faça o que eu faço!!!

Como todo bom conselheiro que se preza, o que eu digo, penso ou escrevo, serve para todo mundo, exceto eu.


Mais uma vez o ano começa cheio de promessas e objetivos: inscrição na academia, dieta, promessas de dedicar mais tempo aos amigos e à família, não me apaixonar, simplificar e não complicar além do que já é complicado, não gastar demais e colocar as contas em dia, etc, etc e tal.


Por que o ser humano é assim?


Digo o ser humano de forma geral porque todos nós somos do tipo "faça o que eu digo". É simples demais dizer qualquer coisas quando se está de fora. Porém a coisa muda de figura quando o sapato aperta o nosso calo.




E por mais apertado que o sapato esteja, muitas vezes se torna mais cômodo ou menos perigoso continuar com a dor do calo do que se arriscar a tirar o sapato e pegar um friozinho no pé. É preferível ficar com o sofrimento que já se conhece. Pra que arriscar?

Só nos esquecemos de um pequenino detalhe: talvez o tempo do lado de fora do sapato esteja mais agradável do que o aperto dentro dele. E muitas vezes (na maioria delas na realidade) para descobrir isso é necessário se arriscar, dar a cara a tapa, fechar os olhos e saltar do avião sem ter certeza de que o para quedas irá se abrir.

Pode ser que você se machuque um pouco, que quebre as duas pernas, os dois braços e, talvez até, a cabeça também. Mas, pode ser que o para quedas se abra e você tenha uma visão fenomenal e indescritível, uma experiência diferente de tudo o que você já passou na sua vida.

E apesar de todo o frio na barriga, na medida do possível, estou me arriscando um pouco mais. Cheguei mais perto da porta do avião nesses primeiros dias do ano.

A sensação foi ótima. Mas, confesso que o vento forte que bateu em meu rosto me fez recuar um pouco e não conseguir aproveitar a paisagem calmamente. Só pude ver tudo em um breve lampejo. E o pouco que vi foi incrível.

E o mais impressionante de tudo isso é que, independente das promessas não terem ficado para trás, foi algo ESPONTÂNEO! Nada planejado, nada programado, simplesmente da forma como tinha que ser.

Pois é, acho que é assim mesmo que tudo tem que ser, um passo de cada vez, tudo ao seu tempo. Quem sabe o ano que vem seja realmente novo, sem promessas e sem velhos hábitos.

Mas, enquanto isso não acontece, seja o que Deus quiser, o destino permitir e a minha espontaneidade alcançar. Com ou sem promessas.


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz ANO NOVO ou Feliz EU VELHO???

O Ano Novo! Vida Nova! Blog Novo!
Porém o mesmo ser que se deixa apoderar pela caneta que vos escreve.
Não tem jeito, por mais tecnologia que possa existir, ainda sou fã dos bons e velhos papel e caneta. Trabalho redobrado? Sim. Mas, o prazer de se escrever à moda antiga é incomparável. Assim como a tendência que temos de manter velhos hábitos.
O ano pode ser novo, a roupa do reveillon também. O lugar e a forma como cada um decide passar a virada do ano é cada vez mais inexplicável (eu, por exemplo, passei trabalhando). Porém, as crenças, superstições e aquela camiseta velha e desbotada continuam na gaveta.
De que valem mil e uma promessas de ano novo se nos recusamos abrir mão de muitas coisas que não nos levam a lugar algum? De que importa o ano ser novo se velhos somos nós e não o ano que fica para trás?
Está na hora de abrir as janelas, limpar os armários, sacudir a poeira e passar adiante tudo aquilo que só ocupa o espaço que poderia ser das coisas novas.
Lembranças são ótimas para serem guardadas na memória e no coração da gente, não em caixas e gavetas.
Aquela camisa antiga, manchada por nunca ver a cor do sol e permanecer no fundo da gaveta? Passe adiante.
Aquela calça que há anos espera você fazer um regime para caber nela? Passe adiante.
Aquele blusão horrível que você tem dó de se desfazer por ser um presente de uma pessoa muito querida, mas, de péssimo gosto? Seja solidário com o mundo e jogue fora (passar adiante é muita sacanagem!).
Aquela péssima mania de valorizar quem não está nem aí para você e só se interessar por quem não é interessante? Deixe pra quem gosta de sofrer.
Diferente dos anos anteriores que chegaram recheados de promessas e foram embora repletos de frustrações, se proponha a ter um ano realmente NOVO.
Não prometa fazer dieta e malhar o ano inteiro para desfilar um "corpitcho" gostoso e sarado; comece a apreciar seu corpo da forma que ele é e se conscientize que aparência não é TUDO!!!
Ao invés de prometer fazer milhares de coisas diferentes que nunca fez antes, como uma viagem para Aruba ou comer num restaurante extremamente caro, aproveite as oportunidades que surgirem sem programação e curta o momento.
Aliás, programação pra quê? Ser responsável não exige nenhum tipo de programação. Jogue fora a sua agenda e seja mais espontâneo. Exercite a memória todos os dias sem ficar consultando o calendário a todo o momento. No futuro você se lembrará o que manteve o "alemão" (Alzheimer) afastado.
Se preocupe mais com o que você deseja do que com o que os outros vão pensar de você ou do que você faz.
E se você leu tudo isso e acha que estou ficando maluco e que as promessas, crenças e velhos hábitos vão te trazer um 2009 melhor do que foi 2008, SEJA FELIZ!
Afinal, não importa o que eu penso e sim o que você DESEJA...



FELIZ ANO NOVO!!!